segunda-feira, 13 de abril de 2015

O Início


Como já dizia uma amiga minha: "A pior mãe é aquela que não quer ver". Logicamente é uma frase absurda, tanto que nem direi o nome da cidadã, porque ela é fofa sim, mas também comete seus deslizes. E quem não comete? Alias, o que é ser pior e melhor? Certo e errado? Com essas questões, começo meu primeiro post de um blog completamente despretensioso e ainda inseguro.
Resolvi fazer esse blog para compartilhar questões, experiências, filosofias, loucuras, devaneios por que não?com aquelas que como eu, são mães. E quero estender esse convite as mães solteiras (assim como eu), as solteiras sem filhos, as casadas, enfim, as mulheres. E se tiver algum homem lendo, seria realmente lindo de se ver.
Quero passar por todos os eixos, desde o momento em que nos vemos como "Pães", termo comum, corriqueiro, usado para denominar aquelas que, sozinhas precisam assumir na marra a responsabilidade de criar, educar, dar amor, brigar, ser doce, ser dura, ser paciente, aguentar palpites, julgamentos, ser ativa e ainda por cima "tentar" reconquistar a auto estima que queridas, podem acreditar, se ela ali existia, escoou pelo ralo, até o momento em que...sei lá, encontramos o cara da nossa vida e queremos engravidar...dele. Quero falar de tudo!!
Mães que como eu, procuram e tentam oferecer e ser o melhor para nossos filhos.
Aquelas que ultrapassam o limite da barreira do cansaço, da exaustão, isso eu estendo pra todas as mães, casadas, divorciadas ou solteiras, que passam fome, frio, matam e morrem se for preciso. Ser mãe é muito louco né? Assunto bem abrangente. Somente cada uma sabe onde aperta o seu sapato. Sendo muito sincera, eu não tenho idéia onde eu erro ou acerto. Faço, ajo por intuição e amor. Não vem com cartilha. Você vai aprendendo na marra e nunca será bom o suficiente.
Ok!!
É uma delícia ser mãe? Sim, disso todas nós não temos a menor dúvida.
Dá trabalho ser mãe? Sim, disso também não nos resta dúvida.
Mas e quando estamos completamente sozinhas nesse barco que é a maternidade?
Aí minha amiga, mesmo aquelas que tem uma paternidade ativa pós separação, sofrem. Se recuperam, lógico.
Estar sozinha não significa estar abandonada. Encaremos com otimismo e auto estima!!
Não sabia como começar, não sabia até que ponto eu poderia estar "ajudando" ou me expondo demais. Quero poder deixar um legado do meu feminino com as minhas filhas. 


Quero que elas tenham orgulho da mulher que a mãe delas lutou para ser.
Do feminino que só descobri, depois que me separei. E nada tem a ver com meu antigo relacionamento. Longe de qualquer intenção de julgar,  e criar crises e casos. Não faz o meu perfil. E pra mim, não existem vítimas, cada um esta onde esta, porque QUER!!
Mas de qualquer forma acho que posso repassar algo de bom, de criativo e estimulante.
Não estou falando de feminino no sentido vaidoso, frágil, delicado e resignado, como sempre foi rotulado e sim no seu mais íntimo e selvagem feminino. As sombras, os desejos, os anseios, as vantagens, a intuição feminina, forte e escondida. Que muitas mulheres ainda não conseguem enxergar. E não!! Elas não são piores por isso. Elas apenas ainda não descobriram sua força interior que é linda, e de uma grandeza absoluta. Também não estou querendo levantar a bandeira por um feminismo onde mulheres lutam contra homens, não!! Isso inclusive deve acabar. Nesse sentido, irei apenas discutir sobre igualdade de gêneros, igualdade política, econômica e social dos sexos. Na minha mais humilde visão. Não sou expert em nada. 
Mas vejo tantas mulheres que ainda se sentem e até se colocam se forma submissa e inferior, muitas vezes involuntariamente. 
O nome “Liberte a mãe”,  veio no momento em que descobri o que realmente gostaria de focar dentro do blog. Quando me veio a sensação de liberdade única, mesmo dentro da enxurrada de culpas que nós mesmas nos colocamos, mulheres em geral, mas em especial as mães. Como se ser mãe, te privasse de ser você mesma.
A vontade de gritar pro mundo que ninguém tem o direito de me julgar. Para mostrar para essas mães, que a mulher aí dentro, é sim uma mãe incrível, mas que ela precisa ser liberta de qualquer tipo de julgamento, próprio e alheio.
Ser livre, internamente livre, é ser feliz. Ser feliz, é levar para nossos filhos amor, saúde, liberdade, paciência, plenitude, discernimento e sabedoria.

Não sei com que frequência irei postar, ainda estou começando, é quase uma gestação, mas bem no início e por aqui são duas.... as duas dormem e sigo escrevendo...errando, acertando, tentando... e me descobrindo.